As direções de Informação da agência Lusa, RDP e RTP repudiaram esta sexta-feira a expulsão dos seus jornalistas de Bissau e acusaram o governo guineense de "ataque deliberado à liberdade de expressão".
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Numa Nota de Repúdio, os diretores dos três órgãos de comunicação públicos portugueses acusam o governo guineense de "silenciar os jornalistas" numa "ação discriminatória e seletiva" que configura "um ataque deliberado à liberdade de expressão.
O Governo da Guiné-Bissau decidiu hoje expulsar as delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP do país, suspender as suas emissões com efeitos imediatos e ordenar aos seus representantes que deixem o país até terça-feira.
Não foram avançadas razões para esta decisão.
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"Consideramos que a expulsão dos nossos jornalistas é um atentado aos princípios fundamentais que norteiam a atividade jornalística. São igualmente, por isso, atitudes que violam a democracia e o estado de direito", afirmam os três Diretores de Informação - Luísa Meireles (Lusa), Mário Galego (RDP) e Vítor Gonçalves (RTP).
Na nota, estes responsáveis manifestam a sua solidariedade com os profissionais dos três órgãos em Bissau, bem como "a todos os jornalistas que tentam cumprir um elementar pilar da sociedade que é o direito à informação".
Os diretores de Informação exigem por isso que os jornalistas da LUSA, da Rádio e da Televisão da RTP possam continuar a exercer o direito de informar na Guiné-Bissau.