O Conselho Regulador da Entidade Reguladora da Comunicação Social considerou, esta quinta-feira, que o alegado acesso ao telemóvel do jornalista Nuno Simas, a confirmar-se, é um "grave atentado à liberdade de Imprensa".
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"A confirmar-se o que tem sido relatado, a devassa de fontes confidenciais do jornalista Nuno Simas, qualquer que seja a forma que tenha assumido, representa um grave atentado à liberdade de imprensa e aos direitos dos jornalistas", considerou, em comunicado, o Conselho Regulador da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC).
O Conselho reage assim às recentes notícias acerca do suposto acesso, por parte de dirigentes do Serviço de Informações e Estratégias de Defesa, ao telemóvel de Nuno Simas, entre Julho e Agosto de 2010, então jornalista do "Público".
"Independentemente das graves questões resultantes da violação do direito à privacidade do jornalista em causa, sem a garantia da inviolabilidade das fontes não é possível assegurar uma informação independente", lê-se no mesmo comunicado. Em última análise, o Conselho Regulador da ERC defende que poderá estar em causa o "funcionamento da democracia".
Nesse sentido, defende aquela entidade que os factos venham a ser apurados com celeridade.