O meu grande medo é que um ou mais partidos políticos aproveitem a crise económica - e psicológica - para limitar ou até destruir os programas sociais que garantem aos cidadãos um nível aceitável de saúde, de educação e de conforto.
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Temos de estabelecer prioridades, afirmando que podemos viver muito bem e criar pessoas realizadas.Tudo isto sem BMW e Jaguar, sem campos de golfe, sem submarinos, sem estádios de futebol absurdamente gigantescos, sem projectos governamentais megalómanos, sem iPod e iPad, sem um novo telemóvel todos os anos, sem férias chiques em Cape Town ou Capri, sem bónus milionários para os banqueiros, sem corrupção. Não podemos viver muito bem e criar pessoas realizadas sem escolas de qualidade, professores valorizados e avaliados, universidades onde a criatividade e a competência sejam recompensadas, investigação científica bem financiada, um sistema nacional de saúde extensivo e eficiente, tribunais que funcionam, políticos honestos, bibliotecas equipadas, uma gerência inteligente dos nossos recursos naturais, programas abrangentes para imigrantes, e mais literacia, civismo, solidariedade e compaixão.