O "Jornal de Notícias" (JN) voltou, em janeiro, à liderança na informação digital, alcançando mais de 2,7 milhões de leitores. É o melhor resultado obtido desde janeiro de 2024. Os dados são do Ranking netAudience, a ferramenta referência de medição de "reach" (alcance) na Internet.
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O JN recuperou, no mês passado, a primeira posição entre os jornais portugueses. À frente só estão as televisões TVI (mais de 3,2 milhões) e SIC (3,1 milhões), mas com resultados que incluem também o entretenimento.
Em dezembro, o JN tinha ficado em segundo lugar, com 2.507.731 leitores, logo a seguir ao "Correio da Manhã" (2.520.197). No arranque de 2025, o título da Medialivre foi amplamente ultrapassado, registando 2.517.863 pessoas.
No terceiro lugar do ranking surge o "Expresso", com 2,4 milhões de leitores, seguido do "Observador" (2,3 milhões).
Dentro da Notícias Ilimitadas (NI), a "TSF" lidera o segmento das rádios informativas e conquistou o melhor resultado desde agosto do ano passado: mais de 701 mil pessoas alcançadas. Está à frente da "Rádio Renascença" (681 mil), tendo sido ultrapassada apenas pela "RFM" (901 mil).
O outro título da NI, "O Jogo" registou 1,1 milhões, sendo o segundo jornal desportivo com mais alcance em Portugal.
O "Diário de Notícias", jornal que ficou sob a alçada da Global Media Group (GMG), caiu sete posições, tendo chegado, em janeiro, a 1,1 milhões de leitores, apesar de ter passado a englobar o tráfego do Dinheiro Vivo (DV).
Em termos de alcance total, a NI registou uma subida, passando de 2,9 para 3,1 milhões de pessoas. Na tabela da netAudience ocupa o quinto lugar, atrás do Nónio, da Media Capital, da Impresa e da Medialivre, e à frente do Observador, da RTP e da GMG.
Numa análise às redes sociais do JN, entre dezembro e janeiro, destaque para o acentuado aumento de seguidores no Instagram (de 436 mil para 449 mil) e no TikTok (de 82.600 para 86.600), numa clara aposta da redação no trabalho multiplataforma e de captação de novos públicos. No Facebook, o JN é o jornal português com a maior comunidade (2,2 milhões de pessoas), estando ainda em crescimento no X (antigo Twitter), com 605 mil pessoas, e no Threads, conta que estreou mais recentemente e onde já soma mais de 81 mil seguidores.
Um convite inédito com três décadas
O JN Online nasceu a 26 de julho de 1995. Nessa quarta-feira, os leitores da edição impressa foram convidados a aceder a www.jnoticias.pt, a página lançada na Internet.
"Hoje, pela primeira vez, os utilizadores podem consultar o JN eletrónico, no qual encontrarão notícias de primeira página e de desporto, além de fotografias e dados diversificados sobre o próprio jornal", podia ler-se na notícia, que dava conta da primeira edição online de um diário português.
Na altura, há 30 anos, o jornal "Público" tinha sido o primeiro a criar um site, mas sem a componente noticiosa, e a Direção Técnica do JN seguiu-lhe as pisadas, apostando na colocação de notícias à experiência. Alguns meses depois, o diário decidiu avançar com um site focado em notícias atualizadas permanentemente.
Nuno Marques, atual editor executivo adjunto do JN, e Hélder Bastos, antigo diretor da Licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, foram os primeiros a integrar a redação online do "Jornal de Notícias". Segundo recorda Nuno Marques, "algumas notícias da edição em papel eram transpostas para o online" e foram criados fóruns de discussão, a secção "Desabafe Connosco" e o "Dicionário de Internetês-Português".
O JN Online abria, assim, o jornal ao mundo e permitia cativar públicos que dificilmente teriam acesso à edição em papel. Os fóruns atraíram pessoas de outros países e com um perfil totalmente diferente do público-alvo da edição impressa. "Na altura ficámos muito surpreendidos com as pessoas que vinham falar connosco e com as mensagens que recebíamos de todas as partes do mundo", recordou Marques.
Em 2008, o jornal promoveu uma verdadeira remodelação digital, apostando no vídeo, nas infografias 3D e no streaming, de forma a diversificar conteúdos e atrair cada vez mais leitores. Hoje, o convite ao público mantém-se. Continue, connosco, a ser JN.