O jornalista Fernando Paulouro das Neves, antigo diretor do "Jornal do Fundão", morreu na segunda-feira à noite aos 78 anos. A Câmara do Fundão decretou dois dias de luto municipal.
Corpo do artigo
Fernando Paulouro das Neves morreu um dia depois de ter apresentado o seu último livro, "As Sombras do Combatente", numa sessão realizada na Biblioteca Eugénio de Andrade, no Fundão, noticia o "Jornal do Fundão".
Nascido em 1947, Fernando Paulouro das Neves dedicou quase toda a vida ao "Jornal do Fundão", onde foi jornalista, chefe de redação e diretor, tendo integrado várias estruturas do Sindicato dos Jornalistas e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.
Dois dias de luto municipal
A Câmara do Fundão decretou, esta terça-feira, dois dias de luto municipal pela morte do jornalista Fernando Paulouro Neves e anunciou que o auditório da biblioteca passará a ter o seu nome, destacando um "cidadão com forte empenho profissional, cívico, político, cultural e social na sociedade fundanense".
Fernando Paulouro das Neves presidiu ao Teatro das Beiras e recebeu inúmeras distinções, entre as quais o título de sócio de honra da Sociedade Ibero-Americana de Antropologia Aplicada, o Prémio Gazeta de Mérito do Clube dos Jornalistas ou o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos.
Em 2013, foi-lhe atribuída a Medalha de Ouro da cidade do Fundão.
No próximo ano iria presidir à Comissão de Honra das Celebrações dos 80 anos do "Jornal do Fundão".
Como escritor, publicou, entre outros, "A Guerra da Mina e os Mineiros da Panasqueira" (com Daniel Reis), "Os Fantasmas Não Fazem a Barba" (com Zé d"Almeida), "A Materna Casa da Poesia - Sobre Eugénio de Andrade", "Fellini na Praça Velha", "Brasil em Mim", "O Informador e Outros Contos", "Catorze Histórias Incríveis ou o Fabuloso Imaginário das Lendas da Beira Baixa" (com José Manuel Castanheira) e "O Tribunal das Almas".
Organizou também a antologia "António Paulouro: As Palavras e as Causas", refere o jornal.