O PS pediu, esta quarta-feira, a audição urgente no parlamento do presidente do Conselho de Administração e da Comissão de Trabalhadores da Trust in News para obter esclarecimentos sobre a situação que o grupo atravessa e procurar encontrar soluções.
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Este requerimento dos socialistas, no qual pedem ainda a audição do Sindicato dos Jornalistas, surge no dia em que a Trust in News (TiN) foi considerada insolvente e o tribunal fixou em 30 dias o prazo para reclamação dos créditos e assembleia de credores para 29 de janeiro.
Também hoje os trabalhadores da TiN, proprietária da "Visão" e "Exame", entre outros títulos, concentram-se no Largo de Camões, em Lisboa, para denunciar a situação do grupo.
Os socialistas pedem estas audições, com caráter de urgência, tendo em conta a "necessidade de um entendimento mais aprofundado da situação que o grupo TiN atravessa" com o objetivo de "identificar soluções que possam dar resposta à defesa deste património jornalístico de grande relevância na sociedade portuguesa".
O PS refere que, numa carta aberta endereçada à comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, os órgãos representativos dos trabalhadores da TiN denunciaram "a situação que os 150 trabalhadores do grupo e os respetivos títulos atravessam", destacando-se desde novembro de 2023 "atrasos recorrentes no pagamento de salários e subsídios".
Os trabalhadores do grupo, segundo o requerimento, apelam a "uma intervenção pública estruturada que responda, não só à situação que a comunicação social enfrenta no seu todo, com os conhecidos impactos na própria qualidade do sistema democrático, mas que seja capaz de ajudar a identificar soluções de curto prazo que viabilizem a continuidade dos 17 títulos ameaçados".
Segundo a decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste a que a agência Lusa teve, foi declarada a insolvência da TiN.
O tribunal nomeou como administrador de insolvência André Fernando de Sá Correia Pais e decretou a "apreensão imediata, para entrega ao/à administrador/a da insolvência, dos elementos de contabilidade da insolvente e de todos os bens (ainda que arrestados, penhorados ou apreendidos)", lê-se no documento.