Sindicato dos Jornalistas repudia expulsão da RTP de evento da Presidência angolana
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) manifestou "profundo repúdio" pela expulsão da equipa da RTP destacada para a cobertura de um evento na sede da Presidência angolana, em Luanda.
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Em comunicado, o SJ considerou esta expulsão "um atentado à Liberdade de Imprensa, ao acesso às fontes e ao direito a informar", e afirmou que "estas ações configuram interferências e pressões políticas inaceitáveis sobre os jornalistas que vivem e trabalham no país".
O sindicato disse rejeitar "qualquer tipo de ingerência de quaisquer atores políticos, ou outros, no trabalho dos jornalistas em qualquer parte do mundo" e mostrou confiança de que a RTP "tudo fará na defesa dos seus profissionais".
Segundo uma nota de protesto, assinada pelos diretores de Informação da RTP, da RDP e a diretora da RTP África, “apesar de estarem devidamente credenciados e no exercício legítimo da sua função jornalística, os profissionais da RTP foram retirados da sala de imprensa, numa ação seletiva e discriminatória que contrasta com a permanência de outros jornalistas”.
Os responsáveis editoriais da estação pública portuguesa consideram que a atitude das autoridades angolanas “representa um atentado à liberdade de imprensa e uma violação flagrante dos princípios fundamentais do jornalismo e da democracia”.
“A RTP foi também excluída do grupo de Whatsapp do Centro de Imprensa da Presidência – o meio oficial de divulgação da agenda institucional dos órgãos de comunicação credenciados”, em Angola, segundo se lê na nota de protesto.
Sindicato angolano condena “expulsão”
Também o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) condenou a “expulsão” da equipa da RTP no Palácio Presidencial em Luanda e exortou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República de Angola a “retratar-se e reverter a medida”.
Em nota de repúdio enviada à Lusa, o SJA diz que tomou conhecimento com “profunda preocupação e indignação” da informação sobre a “expulsão” de profissionais da RTP, destacados para cobertura de um evento na sede da Presidência de Angola na passada segunda-feira, 12 de maio.
Para o sindicato, a “expulsão dos profissionais da RTP da sala de imprensa da Presidência da República, apesar de estarem devidamente credenciados, num ato que envolveu seletividade e discriminação relativamente à permanência de outros jornalistas, configura um gravíssimo atentado à liberdade de imprensa”.
A direção do SJA “solidariza-se com os profissionais visados, condena o ato e exorta a Secretaria de Imprensa da Presidência da República a retratar-se e reverter a medida tomada”, refere-se na nota.