Estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos, voltaram a responder ao desafio do “Jornal de Notícias”, com “honra e muito orgulho”. Experiência motivou professores e candidatos, que se inspiraram na atualidade.
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“Uma honra e muito orgulho.” Foi desta forma que Jorge Brandão Pereira, diretor da Escola Superior de Design, reagiu ao repto, novamente lançado aos alunos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Barcelos, pela Direção do “Jornal de Notícias”, para ilustrar a capa da edição de Natal. Este ano, a participação foi exclusiva dos alunos de mestrado em Ilustração e Animação, e, segundo a docente Marta Madureira, para isso “muito contou o bom feedback” dos participantes do ano passado.
Aos estudantes voltou a ser pedida “uma interpretação muita aberta do Natal, não esquecendo que a ilustração tem o poder de ser incisiva na forma como passa a mensagem. Por isso, ou emociona ou é um murro no estômago”, descreveu a professora.
O contexto internacional, marcado pela guerra, e o problema da falta de habitação que atormenta muitas famílias, por conta da subida das taxas de juro e do preço das rendas, ganhou especial enfoque nas propostas apresentadas.
Foram 20 os trabalhos que chegaram à Redação do JN, cabendo à Direção do jornal a difícil tarefa de escolher a capa de Natal que chega hoje às bancas.
A preferência caiu sobre o trabalho proposto por Maria Goulão, aluna do 1.º ano do mestrado em Ilustração e Animação, que logo decidiu participar por ter “um especial interesse em ilustração editorial”.
“Com mais maturidade”
Marta Madureira, diretora do mestrado, salientou o facto de a participação deste ano ter contando “com alunos com mais maturidade, muitos deles já inseridos no mercado de trabalho, que veem neste desafio uma oportunidade de tornarem o seu trabalho visível e de serem reconhecidos profissionalmente”. A isto não é alheio o facto de a Escola Superior de Design primar por ter “uma ligação muito próxima às empresas”. “É uma marca que nos define”, disse, orgulhoso, Jorge Brandão Pereira.
“Os alunos estão a estudar, a aprender como se faz, mas só quando passam por experiências como esta - em que têm de aplicar numa só página aquilo que querem transmitir - é que sentem na pele aquilo por que terão de passar quando chegarem ao mundo do trabalho. E isso é muito bom”, concluiu Marta.