Os trabalhadores da TSF promovem hoje um evento para assinalar o 36.ºº aniversário da rádio, que inclui debates e atuações musicais, como forma de retribuir a “solidariedade extraordinária” que receberam da sociedade civil.
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Sob o mote “Todos, somos fortes”, querem aproveitar o aniversário para mostrar “a resistência de todos”, apesar do “grande abalo” dos últimos meses. A iniciativa, de entrada é livre, arranca pelas 12 horas, na Casa do Comum, em Lisboa.
“O momento não é de festa, mas queríamos dizer que estamos cá, prontos para trabalhar e temos cartas para dar”, afirmou a porta-voz dos trabalhadores Rita Costa, sublinhando que a escassez de recursos e as dificuldades persistem.
Novos caminhos
Os debates, sobre o passado, o presente e o futuro da ´TSF e do jornalismo, contam com a participação de diversos jornalistas, desde vozes fundadoras da TSF, como a de Carlos Andrade, ao presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luís Simões. Nuno Domingues, nomeado há uma semana “futuro diretor” da TSF, acredita que este é “um momento de viragem” para a rádio, embora sem avançar o que se segue. Será um dos oradores do último debate, pelas 18 horas, sobre “O jornalismo que queremos”.
“Gostava que fosse um jornalismo mais construtivo e observador da sociedade. Espero que a rádio consiga ser isso porque tem uma capacidade de fazer um jornalismo próximo das pessoas. Que continue a ir ao fim da rua e do Mundo”.
O jornalista Ricardo Alexandre, um dos organizadores, espera que das discussões possam sair “novos caminhos”. “Estamos num momento em que temos que recuperar aquilo que foi destruído. Há empenho da parte dos responsáveis e da redação para devolvermos à TSF a ambição que já teve”.
Programa
Quatro debates
Vão ter lugar quatro debates sobre temas como pluralismo, diversidade, independência e o futuro do jornalismo.
Música ao vivo
As atuações musicais começam às 19 horas, com nomes como Beatriz Felício, Luta Livre e O Gajo. À noite haverá DJ’s.