"Exigência", "rigor", "seriedade", "profissionalismo" foram algumas das qualidades atribuídas à jornalista da Visão Edite Soeiro, falecida anteontem, segunda-feira, por aqueles que a foram acompanhando ao longo do seu percurso de quase meio século.
Fernando Dacosta, com quem trabalhou na revista Flama, considerou-a uma "referência do jornalismo". "Foi a melhor directora e chefe de redacção que tive durante toda a minha carreira", contou, sublinhando o facto de mesmo em cargos de chefia se colocar "ao lado dos jovens estagiários e dos elementos menos protegidos da redacção".
Natural de Angola, foi no semanário O Intransigente, em Benguela, que se iniciou na carreira na década de 50. Em Portugal passou pela Flama, Notícia, O Jornal e Visão só para citar alguns dos títulos. Em 2006 recebeu o prémio Gazeta de Mérito, do Clube de Jornalistas.
Cláudia Lobo, directora-adjunta da Visão, que também já tinha trabalhado com Edite Soeiro no Jornal Ilustrado, descreveu-a como "uma pessoa de uma ternura imensa sem ser piegas".
O corpo da jornalista está no Centro Funerário Santa Joana Princesa, em Lisboa. Às 10.15 horas celebra-se uma missa de corpo presente. O funeral parte pelas 11 horas para Rio de Mouro.
