Carlos Abreu Amorim (PSD/CDS Gaia) chegou à sua sede de candidatura depois de Luís Filipe Menezes ter dito na televisão "a derrota é minha e só minha" e fez a mesma coisa. "Assumo claramente toda e qualquer responsabilidade por este resultado eleitoral. É uma derrota pessoal, é minha, assumo-a como tal", disse às 21 horas o candidato da coligação de direita para a Câmara de Gaia perante 80 apoiantes, na sua sede da Avenida da República.
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E anunciou que não fica na Oposição. Vincou depois três vezes que foi "escolhido pessoalmente pelo dr. Luis Filipe Menezes" para "um projeto de continuidade que tem 16 anos" e depois disse que esta derrota do PSD de Gaia não é uma derrota do PSD que governa o país. "Devem ser recusados, de uma forma absolutamente líquida, todos e quaisquer ensaios de leitura nacional nestas eleições", disse o candidato derrotado, "fazer de Gaia leituras nacionais é insultar as eleições locais", forma de plebiscito que considerou "a mais nobre da democracia". Porque perdeu? "Porque houve desunião entre a nossa candidatura e a candidatura independente [de Guilherme Aguiar]. Sem essa desunião, o resultado seria outro e o PS não teria ganho", disse o candidato, que pareceu prometer voltar daqui a 4 anos. "O projeto deve continuar, nem por sombras pensem em desistir. Este projeto autárquico pode ter futuro nas próximas eleições. E esse trabalho deve começar já amanhã".
O futuro imediato de Carlos Abreu Amorim, que anunciou não fazer sentido ficar na vereação de Gaia quando o seu projeto foi derrotado, é voltar a Lisboa. "Pondero agora se voltarei à Assembleia da República ou à minha vida universitária", disse no seu discurso de aceitação de derrota e felicitação do vencedor, o socialista Eduardo Vitor, a quem desejou que possa manter Gaia com a "dignidade e grandeza em que foi colocada nós últimos 16 anos.
E depois foi cumprimentar pessoalmente, com palmadas sentidas e sonoras nas costas todos os 80 apoiantes que se mantinham na sua sede azul que diz cá fora "Gaia na frente".