<p>A candidatura socialista concorrente às eleições autárquicas de Caminha foi impedida de efectuar uma "vista de trabalho" às instalações camarárias, designadamente ao edifício-sede, serviços administrativos, estaleiros, biblioteca e museu.</p>
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O Executivo social-democrata liderado por Júlia Paula, em resposta ao pedido do mandatário do PS, "não vê que tipo de trabalho se pretende aqui realizar", embora admita que se trate de uma actividade de campanha eleitoral, que, "embora legítima - sublinha quem a substituiu na resposta dada aos seus concorrentes eleitorais - não tem aqui o seu lugar efectivo".
Justificam a negativa pelo facto de ter sido solicitada a visita "num dia normal em que todos (autarcas e funcionários) estamos a trabalhar", concluindo daí que ao pretenderem "ocupar todo o dia" com a visita, "iriam perturbar gravemente o funcionamento dos serviços camarários e de quem está, efectivamente, a trabalhar".
Acrescenta ainda o Executivo do PSD que as instalações camarárias, embora estejam na posse do Município de Caminha, "não são lugares públicos" ou "abertos ao público".
Na sua óptica, estas instalações "estão vocacionadas para, aí, serem exercidas exclusivamente as actividades da competência da Câmara Municipal e Assembleia Municipal", o que, impedirá que "um cidadão, unilateralmente, entre e saia em tais instalações, mesmo em período eleitoral".
Este comportamento do PSD foi interpretado por Fernando Lima, mandatário socialista, como "inadmissível" e de autêntica "prepotência", ao impedir que o candidato à presidência da câmara deste partido (Jorge Miranda) e a sua equipa visitassem as dependências municipais.