As primeiras projecções de resultados foram mote para a CDU deixar um aviso: seja um Governo a dois ou a três, o combate irá prosseguir na rua e no Parlamento contra a aplicação das medidas de austeridade. Para os comunistas, uma vitória do PSD será resultado do "descrédito" do PS e do facto da Direita ter escondido as medidas que vai levar a cabo.
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"A luta continua!", gritavam os apoiantes, quando o dirigente Jorge Cordeiro já surgia nos ecrãs a comentar a subida dos comunistas.
"Tudo indica que a CDU construiu um importante resultado, as projecções indicam que, não só consolida" a sua posição, "como pode crescer e avançar", declarou aos jornalistas.
"Significa mais força para juntar à força dos trabalhadores", disse Jorge Cordeiro, prometendo que, "nos próximos tempos", os partidos que assinaram o pacto "de submissão" serão alvos de contestação.
"Muitos portugueses estarão connosco na rua" a "resistir" contra as medidas impostas pelo acordo com a "troika", assegurou.
Uma vitória do PSD, disse o dirigente comunista, será apenas resultado do "descrédito" do Governo socialista e de "um acto de dissimulação" que constrói, quando esconde as responsabilidades que tem na situação a que o país chegou, o apoio ao acordo da "troika" e o que pretende fazer.
O PCP promete, na Assembleia, lutar pela renegociação da dívida, pelo aumento do Salário Mínimo Nacional, restantes salários e pensões.