
O Largo de Camões, em Lisboa, foi palco para Jerónimo de Sousa deixar um aviso na recta final da campanha, afirmando que, "com um, dois ou três" no Governo, socialistas e Direita "terão pela frente a luta dos trabalhadores". Perante um largo repleto, disse ainda que é da eleição de deputados que se trata e não do primeiro-ministro.
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"Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades", afirmou o líder comunista, lembrando Camões e defendendo uma "ruptura com a actual política de Direita".
"Eles têm um pressa danada em aplicar o tal memorando", "vamos ter de lutar muito camaradas", avisou Jerónimo, afirmando que a melhor forma de o fazer é dando "mais força à CDU".
"Ao contrário do que querem fazer crer o povo, não há eleições para primeiro-ministro, mas para 230 deputados.E quando dizem que nós não chegamos lá, nós já lá estamos, precisamos é de eleger mais" candidatos à Assembleia, explicou.
"Com um, dois ou três, terão pela frente a luta dos trabalhadores, não ficamos por aqui", avisou o líder comunista, garantindo que a CDU "foi a força que apresentou uma política alternativa, nomeadamente em relação à renegociação da dívida". Renegociar e "apelar à convergência de países que se encontram na mesma situação que Portugal" é o que propõe. Além disso, pede mais produção nacional "para dever menos".
"Queriam que nós fossemos habitar o pântano onde eles habitam neste momento", disse o candidato da CDU, notando que preferiu denunciar o acordo da "troika" que PS, PSD e CDS subscreveram.
"Iniciámos esta batalha em que procuraram confrontar os portugueses com factos consumados de aplicação da receita da troika estrangeira, subscrita pela troika nacional, na expectativa de nos levar para o pântano do conformismo", denunciou ainda, sublinhando que "em Portugal mandam os portugueses".
