O candidato do PS à Câmara de Lisboa pediu uma vitória "com força suficiente" para não estar quatro anos "de mãos e pés atados" pela Oposição. No Dia do Idoso, Costa assumiu cinco novos compromissos de apoio directo a esta população.
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António Costa disse ontem desconhecer a sondagem a que se referiu o seu principal adversário, Pedro Santana Lopes, que lhe dá uma vantagem confortável na corrida pela presidência da Câmara de Lisboa, mas pediu ontem uma maioria absoluta para poder governar sem constrangimentos.
No final de um almoço com cerca de 400 idosos, no mercado da Ribeira, o candidato socialista salientou ter um programa para melhorar a cidade. "Mas para isso é preciso ganhar as eleições e com a força suficiente para podermos cumprir o nosso programa sem estarmos de mãos e pés atados", sublinhou.
"Ganhar e com muita força" foi o termo usado, adiantando Costa que mesmo com sondagens favoráveis "as eleições só se ganham depois de contados todos os votos". Já fora do estrado, fez questão de referir aos jornalistas que, em 2001, as projecções eram unânimes quanto à reeleição do autarca socialista João Soares e tal não chegou a acontecer.
No Dia do Idoso, o candidato assumiu cinco novos compromissos - além dos programas de voluntariado, apoio e segurança, que tenciona manter. Criar cinco novas residências assistidas - onde os idosos partilham zonas comuns, como a sala e a cozinha, com outros inquilinos, para repartir o aluguer e aliviar a solidão - é o primeiro. Já assinados os contratos que garantem à cidade 130 camas de cuidados continuados, a meta é disponibilizar mais 750 no próximo mandato.
No âmbito da mobilidade, António Costa promete arranjar as artérias mais íngremes dos bairros antigos, para que os cidadãos de mais idade as possam percorrer sem perigo.
Previsto está ainda um plano de "pequenas reparações" domésticas, para adaptar certos equipamentos. Por exemplo, rebaixar parte da banheira ou construir um degrau junto ao armário, "para chegar ao tacho", disse. Aqui inclui-se também a construção de casas de banho em todas os fogos, já que 2500 habitações na cidade ainda não as têm, segundo apontou a número dois da candidatura "Unir Lisboa", Helena Roseta.
Em quinto lugar, anunciou a intenção de criar equipas de apoio ao domicílio, em tarefas mais leves, como preparar e servir refeições a idosos acamados ou ir à farmácia comprar medicamentos.