<p>Abençoado pela chuva da noite anterior, o dia de ontem, quinta-feira, nasceu quente e soalheiro em Paredes de Coura. Isso implicava duas coisas: as idas à vila não iam ser muitas e a praia do Tabuão ia estar cheia.</p>
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De manhã, pela fresca, os mais atrevidos que arriscaram uma subida à vila para tomar o pequeno-almoço ou abastecerem-se no supermercado depararam com uma surpresa. Pela zona pedonal, ouvia-se a música dos Diapasão, o grupo do famoso Marante, esse ícone da música popular portuguesa.
A explicação era fácil. Um programa matinal de televisão aproveitou a altura do festival para fazer uma edição ao vivo de Paredes de Coura e o pimba, em versão play-back, foi, por uma manhã, a banda sonora da vila.
Lado a lado, as velhinhas e velhinhos que tipicamente compõem a plateia destes programas e os festivaleiros que, com fair-play e algum sarcasmo, batiam palmas e vibravam com os grupos populares e pimba como se se tratasse da maior banda rock do mundo.
À hora do almoço, o sol estava no seu pico e o calor sufocava. A praia fluvial foi o destino de todos e a frente do Palco na Relva, a par das águas do Coura, mesmo com a ameaça das salmonelas, era os sítios mais procurados.
Ricardo, Miguel e António, um grupo de Lisboa, esperavam à sombra pelo concerto de jazz. "Paredes é muito melhor que o Sudoeste porque lá, de dia, só dá mesmo para ir para a praia. Aqui, temos os concertos de jazz, a vila e muito mais coisas para fazer", justificou Ricardo.
Ainda o sol estava forte, subiam ao palco da relva os TUBAB. O duo de bateria e tuba animou os espíritos dos muitos corpos quese refastelavam no relvado do Tabuão.
No final da actuação, pelas 18 horas, era altura de ir embora, tomar um banho, fazer o jantar e seguir para o recinto.