É já um "case study" em universidades de vários países. João Seco Magalhães, candidato em lista independente à Junta de Maximinos, Braga, conheceu o mediatismo graças a um chouriço que distribui na campanha, tal como há quatro anos.
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Em 1997, João Seco Magalhães já havia inovado, com distribuição de electrodomésticos. Hoje, alvo de estudo de universidades de Portugal, Argentina, Brasil, Colômbia, Venezuela e Espanha, assume a autoridade de dizer que a campanha de Valentim Loureiro "é uma réplica do Magalhães de Maximinos".
Mas o assunto é sério e é abordado numa investigação sobre comunicação política. Intitulado "Marketing por acidente, análise da campanha eleitoral do candidato chouriço", o estudo explica que "muitas vezes o conhecimento empírico pode inspirar e resultar tanto quanto o conhecimento científico e neste caso funcionou, mesmo que acidentalmente".
A Seco Magalhães são reconhecidas características inovadoras no trabalho, sempre carregadas de humor e boa disposição, e que fazem com que os dois maiores partidos (PS e PSD) apoiem a lista "Servir Maximinos". Também lhe são reconhecidos os ideais ecologistas que o levam a fazer "bandeira" da substituição das árvores de folha caduca por outras de folha persistente. "No Inverno, quando mais precisamos das árvores, é quando estão sem folha", defende o autarca.
Conversar com Seco Magalhães é uma autêntica aula de semiótica. O candidato entrega, porta a porta, o chouriço com a sua fotografia estampada, mas a ideia original era mais arrojada e previa a distribuição de pequenas garrafas com azeite. "O azeite é símbolo da verdade e inteligência. As expressões dizem que a verdade vem ao de cima como o azeite e, sobre alguém inteligente, diz-se que parece que bebe azeite".
A opção pelo chouriço ganhou forma com a necessidade de "chamar a atenção. As pessoas falam, questionam. Se nada fizesse, as pessoas diriam que era amorfo. As pessoas não estão à espera desta forma de levar mensagem".