Aos portugueses que têm vontade de desistir, Jerónimo de Sousa disse, esta sexta-feira à tarde, que "é preciso concretizar esse Abril inacabado". E pediu a todos que se esforcem, até este domingo, para ajudar ao reforço da CDU, cujo "resultado está em construção".
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O Barreiro, município comunista, foi inundado por candidatos e apoiantes, obrigando a parar o trânsito ao longo da Rua Miguel Bombarda e da Avenida Alfredo da Silva. "Não queremos aqui o FMI", gritavam, alto e bom som, enquanto exibiam cartazes "por uma política patriótica e de Esquerda".
"O resultado da CDU está em construção", disse o líder comunista, enquanto se dirigia, também, aos que estavam "à sombra por razões de conveniência". Uma referência a quem fugia do sol mas que bem poderia ter um sentido mais abrangente, quando a candidatura reforça o seu apelo contra a abstenção.
"Bem precisamos, no dia 5 de Junho, de ter mais gente, mais força tendo em conta o que aí vem", pediu Jerónimo, explicando que estas "não são umas eleições normais", não por causa da dissolução da Assembleia, mas pela "ameaça muito grande sobre o nosso destino colectivo".
O primeiro alvo foi a "troika" estrangeira, que "veio de malas aviadas com a receita pronta para impor um rumo de sacrifícios e austeridade". Um "trio" que contou com outro, que "foi ao beija mão", explicou, atacando PS, PSD e CDS. Outro alvo foram os bancos "que fazem fila" para receber o seu "quinhão" do dinheiro da ajuda externa.
Até 2013, denunciou o candidato da CDU, "andaremos para trás. haverá mais recessão e mais desemprego". E "quem vier atrás que feche a porta". Daqui a uns meses, prevê Jerónimo, "serão muitos aqueles que dirão que Portugal vai ter de renegociar a dívida".
Certo de que PS, PSD e CDS "vão encontrar resistências" na aplicação das medidas de austeridade junto dos portugueses, afirmou que "só vão encontrar uma força amiga: a CDU".
"Podem enganar os portugueses uma, duas, três e mais vezes que um dia deixam de enganar", garantiu o líder comunista.
A dada altura, Jerónimo trocou datas, apelando ao voto no dia "5 de Outubro" porque tinha o objectivo de lembrar o Dia da Implantação da República.