<p>A candidata do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal do Porto manifestou-se hoje, segunda-feira, preocupada por muitas pessoas terem de ir para Lisboa para conseguir trabalhar, prometendo lutar para criar "mais emprego para gente qualificada".</p>
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Elisa Ferreira e vários apoiantes da sua candidatura escolheram a estação ferroviária de Campanhã para uma acção de sensibilização para este problema, concentrando-se ali à hora a que partem os primeiros comboios para Lisboa.
A candidata surgiu por volta das 06h20, bem disposta, distribuiu cumprimentos e rapidamente deu o exemplo interpelando quem ia chegando e distribuindo um folheto com duas mensagens: "Mais emprego no Porto" e "Mais habitação no Porto".
O que a levou ali tão cedo foi a sua preocupação com o emprego qualificado, que está na origem de um "trânsito" permanente semanal.
O seu alvo prioritário eram os passageiros que iam apanhar os primeiros comboios para Lisboa, o Alfa com partida marcada para as 6h47 e o Intercidades das 6h52, aqueles que todas as segundas-feiras viajam "completamente lotados".
A candidata e os seus apoiantes abordaram muitos passageiros realçando que é necessário criar mais e melhor emprego no Porto, para não terem de deixar a cidade onde vivem e têm a sua família.
Pedro Couto, um economista que surge em oitavo lugar a lista de Elisa Ferreira para a Câmara do Porto, conhece bem esta realidade, pois há um ano e meio que viaja para Lisboa às segundas-feiras para trabalhar numa "empresa multinacional de consultadoria", apesar de agora estar requisitado pelo Ministério das Finanças.
O exemplo de Pedro Couto, que também é deputado do PS na Assembleia Municipal do Porto, assemelha-se ao de muitos outros jovens licenciados: teve "uma oportunidade de carreira profissional que não acontece no Porto, por causa das empresas estarem a deslocar-se para a Lisboa".
Elisa Ferreira pretende contrariar a tendência de fixação de quadros em Lisboa e "voltar a fazer do Porto um grande centro de acolhimento para empresas e criação de emprego", propondo, "já à partida, mil estágios para jovens licenciados, que se podem criar sem grande problema".