<p>Elisa Ferreira defendeu, ontem, quinta-feira, que ser eurodeputada "é uma vantagem" para a sua candidatura à Câmara do Porto. Até porque abdicará de um cargo onde é melhor remunerada, argumentou a cabeça-de-lista do PS, após ter sido questionada sobre o assunto por uma florista do Bom Sucesso.</p>
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"É importante ter alguém que não vem para a Câmara por querer protagonismo ou, como se diz cá, uma gamela. Eu perco uma gamela para vir para o Porto", destacou Elisa Ferreira, assegurando que o faz "por amor à cidade".
"É uma grande vantagem da minha candidatura e por isso tenho sido tão atacada", denunciou.
Pouco depois das dez e meia, Elisa Ferreira percorria o piso superior. Numa ponta, uma vendedora ofereceu-lhe flores e queixou--se da falta de higiene e do cheiro a peixe quando bate o sol pela manhã. A candidata seguiu com a promessa de recuperar o espaço. "A ver se a gente dá a volta ao mercado e à cidade ...", disse a outro vendedor. Se Rui Rio "quer empresas", no Bom Sucesso há "empresários e está a tratá-los muito mal", acusou. E prometeu negociar com a empresa que assinou contrato com a Câmara para renovar o mercado. Juntaria, também, "pequenos restaurantes ou bares".
"Por que se candidatou às europeias?", perguntou, entretanto, outra florista, defendendo que "não o devia ter feito se queria vir para o Porto". Pela cidade, retorquiu Elisa, deixará "um trabalho bem pago" e "menos violento". A conversa terminou com Ilda Silva a explicar que nem vota no Porto, mas em Gaia, em Luís Filipe Menezes. Mesmo assim, deu-lhe flores.
À tarde, Elisa Ferreira lançou um livro com as crónicas que publicou no "Jornal de Notícias".