A autarca e recandidata acusa Horácio Costa de querer criar um "facto político para tentar ganhar a notoriedade que os felgueirenses não lhe dão".
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A candidata do Movimento Sempre Presente à Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras desconhece qualquer tentativa de agressão de elementos do seu "staff" ao candidato do Partido da Terra, Horácio Costa, adiantando que "deve ser mais uma das suas invenções".
"O motorista do camião de som ao serviço da minha candidatura - que Horácio Costa acusa de agressão - nem sequer é natural ou residente em Felgueiras, pelo que não tem nada que se doer com actos de campanha", sublinhou à Lusa.
A autarca e recandidata acusa Horácio Costa de querer criar um "facto político para tentar ganhar a notoriedade que os felgueirenses não lhe dão", e de "inventar factos - como vem fazendo nos últimos anos - para tentar enganar a opinião pública": "o que me foi relatado é que houve uma pequena escaramuça envolvendo o motorista do camião de propaganda e o senhor Horácio Costa", afirmou.
Fátima Felgueiras diz que o movimento que dirige tem sido alvo de "vandalismo, ataques mentirosos" e mesmo de agressões a candidatos e simpatizantes: "ainda ontem fui ao Hospital ver uma senhora de uma freguesia, que me apoia, e que foi alvo de uma agressão", sublinhou.
O antigo assessor de Fátima Felgueiras e actual candidato à Câmara de Felgueiras pelo Movimento Partido da Terra, Horácio Costa, disse hoje à Lusa ter sido agredido numa acção de campanha por um elemento da candidatura da presidente da Câmara.
"Fui primeiro agredido verbalmente e depois empurrado violentamente contra um carro", garantiu Horácio Costa, adiantando que vai apresentar queixa no Ministério Público.
Segundo o antigo assessor de Fátima Felgueiras, a agressão foi praticada, na feira da Lixa, por um homem que saiu do interior de um camião da candidatura do Movimento Sempre Presente.
"Era o homem que estava a controlar o som do camião", acrescentou, sublinhando que muita gente assistiu ao que se passou, inclusive de outras candidaturas que estavam em campanha.
Ainda segundo o denunciante, o alegado agressor foi identificado na feira por uma patrulha da GNR da Lixa.
Horácio Costa relacionou esta agressão com o facto de ter escrito na semana passada um artigo em que denunciava "o valor exorbitante" pago pela autarquia à referida empresa por um espectáculo do grupo Perfume.
Segundo garante, a Câmara de Felgueiras pagou 35.000 euros, enquanto que por um espectáculo do mesmo grupo e com as mesmas pessoas a Câmara de Angra do Heroísmo, nos Açores, terá pago apenas 6.000 euros.
Reagindo a esta acusação, Fátima Felgueiras diz que a comparação "não tem pés nem cabeça", frisando que uma coisa é trazer um grupo ou um artista para actuar, com toda a logística a expensas da Câmara, outra coisa é um contrato com tudo incluído, ou seja, com aluguer de palco, som, luzes, camarins, casas de banho, publicidade, refeições, hotéis e transportes.
"É evidente que o "cachet" pago nos Açores tinha de ser inferior, mas o promotor do espectáculo teve de despender o resto, na sua montagem e promoção", salientou, frisando que a experiência demonstra que, no final, se gasta mais nesta modalidade do que através do sistema de contrato com tudo incluído.