Os sete festivais de maior dimensão que se realizam durante a época de verão em Portugal custam, por ano, cerca de 45 milhões de euros. É esse o custo apurado pelo "Jornal de Notícias" junto de várias fontes ligadas à organização destes eventos. Todos, contudo, recusaram apontar uma estimativa do lucro que antecipam para as edições deste ano.
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O Rock in Rio - Lisboa é, de longe, o festival com o maior orçamento (25 milhões de euros), de acordo com as mesma fontes. Seguem, por ordem decrescente de custos, o Super Bock Super Rock, o Optimus Alive, Sudoeste, Primavera Sound, Paredes de Coura e Marés Vivas.
"É muito difícil prever o lucro, ou o prejuízo, que cada um dos festivais pode dar", assinala uma das fontes ouvidas pelo "Jornal de Notícias". "Enquanto noutros países o valor dos patrocínios é decisivo para o êxito dos festivais, em Portugal, quase tudo depende da forma como correr a venda de bilhetes. Em boa verdade, este é um negócio de grande risco."
Se, por exemplo, a chuva insistir na teimosia, é bem provável que o investimento feito na logística e no contrato com as bandas não seja recuperado.
"Há grandes festivais, como o de Glastonbury, em Inglaterra, considerado o maior do mundo a céu aberto, em que, faça chuva ou faça sol, a presença de público está garantida. A Lady Gaga arrastou 150 mil pesssoas para lá. Mas mesmo esse tem futuro incerto", aponta uma outra fonte contactada pelo "Jornal de Notícias", para sublinhar a vertente de "enorme risco" associada à organização deste tipo de eventos.