Os festivais de música em Portugal "são bons" e "têm sucesso", sendo positiva para as bandas nacionais a sua participação nestes eventos, concluiu o Fórum sobre o tema, realizado no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa.
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A conclusão foi apresentada pela diretora de marketing e relações externas do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Ana Zuzarte, no encerramento do Talk Fest'12 - Fórum sobre o futuro dos festivais de música em Portugal, que decorreu naquele estabelecimento universitário.
O fórum dividiu-se em dois painéis: no primeiro debateu-se "a razão de sucesso dos festivais de música"; no segundo procurou fazer-se um balanço da participação das bandas nacionais". Ambos foram moderados por Ana Zuzarte.
No final, a responsável fez um ponto da situação, afirmando que "há retorno para as bandas, quando participam nos festivais de música que são bons - e são cada vez mais e tem cada vez mais sucesso".
A responsável afirmou ainda que "a música rende e é um indústria em crescimento".
Quanto a números, e apesar da vocação pedagógica do instituto que organizou a iniciativa, não foram adiantadas quaisquer cifras.
Andreia Criner, "managing diretor" da Brands Go Live, com 14 anos de experiência em festivais, disse que, "desde há 20 anos, se tem vindo a assistir à profissionalização do setor" e que "a entrada das marcas [comercias] trouxe verbas" e logo um outro fôlego aos festivais.
Por outro lado, referiu, os festivais que "eram olhados com desconfiança, passaram a ser desejados pelas populações, pois dinamizam as economias locais".
"Se há receitas, logo há arrecadação de impostos, e esta é um indústria em crescimento", sentenciou.
O factor comercial foi também salientado por Pedro Miguel Paiva, diretor de produção da Sigma, que falou da sua experiência no canal televisivo por cabo SIC Radical.
Paiva sublinhou a visibilidade que a televisão deu aos festivais, ao fazer transmissões em direto, e simultaneamente aos seus patrocinadores, nomeadamente "as cervejas que passavam a ter visibilidade em horário da tarde, quando não se podem ter anúncios".
Estas transmissões, defendeu ainda o responsável, contribuíram "para quebrar mitos e barreiras entre pais e filhos".