O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, visitou esta manhã uma empresa familiar de congelados em Peniche, que considerou um exemplo de que o país pode crescer se apostar na produção nacional.
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Criada há 52 anos, a Nigel, a segunda maior empregadora de Peniche, com 150 funcionários, actua na área dos congelados de peixe, exportando 45 por cento da produção para 18 países, incluindo Macau, Brasil, Canadá ou Estados Unidos.
"Trata-se de uma empresa familiar, que incorpora o nosso produto nacional e exporta para vários países", descreveu Jerónimo de Sousa, referindo que na Nigel "os direitos dos trabalhadores são respeitados, demonstrando-se que não é com precariedade e baixos salários que as empresas se desenvolvem".
Numa altura em que o aparelho produtivo nacional sofre "ameaças de ruína", o secretário-geral do PCP considerou que esta fábrica é um "exemplo incentivador", demonstrando que "o país tem possibilidades de desenvolvimento económico se apoiar e desenvolver o nosso aparelho produtivo".
Apesar de a crise ter obrigado a alguns reajustamentos, José Augusto Nicolau, administrador da empresa e filho do fundador, afirma que o segredo do sucesso é o facto de a fábrica estar "sempre em adaptação, com espírito inovador, e em novas obras para se manter na crista da onda".
Na visita à fábrica esteve também o presidente da Câmara de Peniche, o comunista António José Correia, que se recandidata a um segundo mandato na autarquia.
O autarca tem defendido, junto do governo, que as grandes empresas beneficiem de uma discriminação positiva para obter apoios, de forma a serem "concorrenciais à escala global".
A CDU está apostada em renovar o mandato na autarquia de Peniche, depois de em 2005 ter conquistado uma câmara que sempre fora gerida pelo PS ou PSD.
Jerónimo de Sousa afirmou-se confiante no aumento de "votos e mandatos", considerando que "sustentada na obra que foi feita", a CDU vai reforçar os votos em Peniche e no distrito de Leiria.