O líder do Partido Nacional Renovador (PNR), José Pinto Coelho, disse, esta segunda-feira, que à semelhança da Grécia, Portugal não vai conseguir pagar à 'troika' a ajuda financeira e defendeu que o futuro de Portugal é voltar à produção nacional.
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"Para quê pedir ajuda externa se nos vai acontecer, fatalmente, como à Grécia, que pediu ajuda externa e não está a conseguir pagar", questionou José Pinto Coelho, referindo que Portugal vai também "parar à bancarrota, mais ano, menos ano, mais mês, menos mês".
E m declarações à agência Lusa durante uma acção de campanha no Algarve, no Mercado Municipal de Faro, o líder do PNR reiterou que o país está na "bancarrota" e que "provavelmente não tem alternativa ao pedido de ajuda externa", todavia sublinhou que o caminho futuro para Portugal passa por um regresso à terra.
"O caminho de Portugal é voltar à produção nacional e reduzir drasticamente o peso do Estado português que é muito gordo", acredita.
Sem brindes e com apenas dois órgãos de comunicação social a acompanhar o dia de campanha no Algarve, José Pinto Coelho desdobrou-se em dar explicações sobre o seu partido às vendedoras de fruta do Mercado Municipal de Faro.
"Este é o partido da chama, da chama para iluminar o caminho, luz e esperança", explicou José Pinto Coelho à vendedora Licínia Nunes, defendendo que as pessoas que regressassem à terra para cultivar sejam "bem pagas".
Licínia Nunes, vendedora de frutas, nunca tinha visto ou ouvido falar do PNR, e muito menos do seu líder, José Pinto Coelho, mas mostrou-se curiosa para saber o que defende o PNR e até aconselhou Pinto Coelho a "aparecer mais na televisão".
O líder do PNR está, esta segunda-feira, no distrito de Faro em campanha eleitoral para as Legislativas.
Da parte da manhã, distribuiu panfletos do PNR no Mercado Municipal de Faro e da parte da tarde almoçou com apoiantes do partido e faz campanha na Baixa de Faro, junto do comércio tradicional.
Durante a visita ao mercado, José Pinto Coelho queixou-se ainda que o seu partido é alvo de "ostracização" da Comunicação Social e acusou a RTP1 de "discriminação".
Em declarações à Lusa, José Pinto Coelho, lamentou que a Comunicação Social não dê o mesmo acesso aos pequenos partidos sem assento parlamentar, que dá aos partidos do "arco do poder" [entenda-se Assembleia da República].
"Mesmo entre os partidos sem representação parlamentar, eu queixo-me de que o PNR é muito ostracizado", queixando-se, em particular, do canal público da televisão. A Lusa contactou a responsável pela comunicação da RTP 1, Ana Gaivotas, mas não foi possível obter nenhuma resposta até ao momento.