Francisco Louçã recusa a hipótese de demissão da liderança do Bloco apesar de assumir pessoalmente a derrota. "No BE é a Convenção que escolhe a direcção", assegurou .
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Para o futuro o líder do BE diz que "haverá um povo que luta e aí, nesse povo estará o BE". Louçã assumiu a derrota na sala da sede nacional onde o impacto das projecções avançada pelas televisões tinha deixado um ambiente gelado. Mas, quando disse que "era um derrota pessoal" ouvi-se de imediato : "não é nada, não pode ser!".
O certo é que a direcção vai reunir para avaliar os resultados nos próximos dias e que a Mesa Nacional - o órgão máximo entre Convenções - será convocada para o próximo fim de semana.
Ainda assim fez questão de dizer que "o meu lugar está sempre mas mãos do Bloco", mas frisou : "No BE é a Convenção que escolhe a direcção".
Questionada pela Imprensa se a derrota se podia explicar pelo apoio a Manuel Alegre nas presidenciais, o líder do BE recusou fazer qualquer ligação directa entre as duas eleições.
Mas disse também que se apresente sempre mais com as derrotas do que com as vitórias".
O líder bloquista diz que "hoje começa um novo ciclo político que teve início quando foi pedida intervenção externa que hipoteca Portugal nos próximos anos".
Lamentou que durante a campanha não se tenha discutido efectivamente o programa financeiro e que o Bloco de Esquerda tenha "encontrado à sua frente um muro de silêncio sempre que queria debater estas matérias".
Para o futuro o líder do BE defende ser necessário um "combate decisivo para o futuro" apesar de considerar que depois destas eleições ser " mais difícil fazer este combate".
Assegura que apesar do grupo parlamentar ter regressado aos resultados anteriores a 2009, voltando a ficar com oito deputados, estes "serão um grupo parlamentar decidido a fazer este combate".