O fortíssimo apelo comercial do cartaz volta a ser a imagem de marca do Marés Vivas, no Cabedelo, festival que chega agora à 11.ª edição.
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A meio da tarde desta quarta-feira, venderam-se os últimos bilhetes para sábado, dia em que os 30 Seconds to Mars monopolizam atenções. Desde o anúncio do regresso da banda a Portugal, no final do ano passado, gerou-se um enorme entusiasmo entre os fãs, que, sem surpresa, esgotaram a lotação do recinto.
Dos 75 mil bilhetes emitidos - à razão de 25 mil por dia -, sobram 2200, divididos por igual pelas duas primeiras noites. Como só na terça-feira foram vendidas mil entradas, a organização acredita que, pela primeira vez na história do festival, haja casa cheia ao longo dos três dias.
O aumento da procura por parte do público espanhol, que triplicou em relação ao ano passado, é uma das razões da enchente.
Até sábado, vão passar pelo Cabedelo mais de duas dezenas de bandas e artistas. Nomes que, na esmagadora maioria, são capazes de alcançar diversos tipos de público, correspondendo ao perfil generalista do Marés Vivas. É o caso do dia de hoje, que reúne dois projetos marcantes marcantes da geração de 90.
Regressados em 2010, após um hiato de quase uma década, os Bush assinalaram o retorno à atividade com um disco, mas continuam a ser os registos antigos que suscitam maior entusiasmo.
A veia nostálgica é também indissociável dos Smashing Pumpkins. Da formação original, resta, apenas, Billy Corgan, devido aos desaguisados com os outros membros, mas os seus espetáculos ainda são sinónimos de intensidade e forte apelo visual.
Amanhã, apesar da popularidade de James Morrison nas hostes femininas, a noite deverá pertencer a David Guetta, cujos "sets", recheados de house, dubstep e techno, vão transformar o recinto numa "rave" ao ar livre.
Por muito aguardados que sejam os 30 Seconds to Mars, o terceiro e último dia do "Marés" conta com outro nome que irá prender a atenção de muitos: Rui Veloso, padrinho desta edição.
E se é para o palco principal que convergem os olhares da maioria, convém não esquecer que o palco dito secundário (denominado Santa Casa) encerra propostas que também teriam cabimento no principal. Basta lembrar o muito concorrido espetáculo de Luísa Sobral na edição do ano passado. Desde Glockenwise - os segundos a subir ao palco, hoje, às 19.15 horas - a Márcia ou Marta Ren, tudo indica que a animação não irá cingir-se ao renovado palco principal.