Canidelo tem feira todos os domingos, mas a manhã de ontem foi diferente. Teve mais animação. A culpa coube ao PSD e ao PS, que lá fizeram deslocar os candidatos à Edilidade, respectivamente Filipe Menezes e Joaquim Couto.
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Provavelmente, nunca aquelas bancas de calçado, frutas e hortaliça tiveram tão ilustres "clientes". Ambos apareceram em traje informal, calça de ganga e camisa com a manga arregaçada. Também tomaram café na mesma rulote. A diferença esteve nas máquinas partidárias. A onda laranja superou a rosa.
Mais guarnecida, em meios e apoiantes, a comitiva da coligação PSD/PP irrompia pelo mercado embalada pela sua própria banda sonora. "Menezes vai em frente, tens aqui a tua gente". Este era o mote saído das colunas de som e que o candidato seguia religiosamente. Menezes abraçou, beijou e até dançou! Declinou o convite para comprar umas calças, mas a todos deu ouvidos. "Não me pediram nada. Apenas uma casa de banho para a feira e mais fiscalização", referiu, ao JN, visivelmente satisfeito. "Agora, o maior partido da oposição em Gaia até tem um cartaz com o engenheiro Sócrates. Mas, quem precisa de ir ao colo de alguém não tem condições para ser presidente de uma Câmara", afirmou, numa alusão a Couto. O candidato socialista foi o primeiro a chegar. Dois tambores e uma gaita-de-foles anunciavam a sua presença. O contacto foi cordial e o material de campanha teve boa saída. "A reorganização do espaço da feira e a melhoria da rede de transportes" foram as queixas que mais ouviu. Mostrou-se "confiante na vitória eleitoral" e prometeu "voltar a Canidelo para dialogar com comerciantes e moradores".
Discreta foi a passagem da representação do Partido da Terra (MPT). Era composta pelo candidato à Câmara, Nuno Aldeia, e por duas parceiras. Só as bandeiras verdes e os panfletos os tiraram do anonimato.