O candidato do Movimento Esperança Portugal (MEP) às eleições legislativas incitou, esta sexta-feira, os eleitores em Torres Vedras a reflectirem sobre os sete milhões de euros gastos pelos principais partidos na campanha e pela recusa em participarem nos debates televisivos.
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"Os portugueses saberão ler o facto de os cinco partidos com assento parlamentar terem recusado os debates e terem gasto sete milhões de euros de fundos públicos nestes 15 dias e hoje 500 mil euros em acções de campanha, materiais promocionais, comícios e afins", afirmou Rui Marques.
O candidato do Movimento Esperança Portugal (MEP) fez um balanço "francamente positivo" da campanha, que termina hoje, e defendeu que a ronda intensa de debates televisivos transmitidos entre há uma semana "deram o seu contributo" para o MEP "aumentar o número de votantes, como indicam as sondagens, para que seja uma voz de defesa na Assembleia da República".
O tribunal judicial de Oeiras condenou RTP, SIC e TVI a realizar debates entre o PCTP/MRPP e os cinco maiores partidos com representação na Assembleia da República que aceitassem os encontros. Depois de o MEP ter interposto uma providência cautelar com o mesmo propósito.
"O MEP está muito orgulhoso por ter contribuído para que os pequenos partidos tivessem voz em espaço nobre de televisão", disse Rui Marques.
O candidato falava aos jornalistas durante uma visita ao Externato de Penafirme, em Torres Vedras, a última das suas acções de campanha e coincidente com a de Paulo Portas (CDS-PP).
Na primeira escola do país a manifestar-se contra os cortes governamentais para as escolas com contrato de associação e donde surgiu o Movimento S.O.S. Educação, disse ser um "enorme disparate acabar com os contratos de associação" e que "o MEP será uma voz de defesa na Assembleia da República para que os contratos sejam mantidos e até alargados".
Para o candidato, o Externato de Penafirme, com 1800 alunos, dos quais 600 são carenciados, "é um exemplo de boas práticas de educação porque é um colégio de excelente qualidade, é colocado ao serviço de toda a população, e tem famílias ricas e pobres que usufruem de um colégio ao nível do melhor que há no país".
Desde Janeiro que o estabelecimento de ensino passou de 114 mil euros por ano por turma para 90 mil euros e deverá receber 80 mil euros a partir de Setembro.