A cidade de Barcelos voltou a ser invadida pela música. Por todo o lado, diversas bandas enchem as medidas dos ecléticos apreciadores de novos sons.
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Esta sexta-feira foi o arranque oficial do barcelense Milhões de Festa mas, durante a semana, a cidade já tinha recebido concertos de entrada livre, para todos os gostos e um pouco por todo o lado.
Na quinta-feira à noite, por exemplo, o palco Taina, bem ao lado do rio, era pequeno para receber os Holocausto Canibal, a banda portuense que deixou um travo de gore pelas margens do Cávaco. Foi nesse palco que, na sexta-feira, atuaram os dUAS seMIcOLCHEIAS iNVERTIDAS. A banda lisboeta atuou mais cedo que o previsto mas encheu as medidas do público com o seu punk tribal fortemente experimental e bem berrado. O grupo tocava descalço e deitava-se na terra. O saxofonista, de leggings brilhantes e tshirt do FC Porto, passeava entre os presentes e servia como personificação do espírito do Milhões: vale tudo e tudo é aceite.
Apesar da plateia que enfrentou o calor (e a ressaca) para os ver, o grupo merecia, talvez, outro horário e outro palco: a piscina acabou por ser o seu maior concorrente.
No entretanto, pelas ruas de Barcelos, os "nativos" confundem-se entre gente de todos os estilos. Afinal de contas, este é, provavelmente, o único festival onde as diferentes tribos musicais convivem à beira da piscina em plena harmonia. É nela, aliás, que se encontrava a maioria dos festivaleiros durante a tarde, com o sol e a água a dividirem as atenções com as bandas que iam passando pelo palco. Apesar das nuvens, muitos arriscaram levar biquini (ou optar pelo topless) e rumar até a piscina para um mergulho, boa música e um pouco de sol.