Tripas, futebol e a vereação. A conversa só podia girar à volta de três eixos. Sem surpresa - sem grande graça -, os Gato Fedorento esmiuçaram ontem, quarta-feira, os sufrágios com Elisa Ferreira, candidata do Partido Socialista à Câmara do Porto.
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E granjearam sorrisos com as provocações muito ligeiras colocadas à antiga ministra do Ambiente. Que sim, o primeiro-ministro foi secretário de Estado dela, o subalterno que agora manda no estaminé - "Diga lá se eu não tive olho para escolher o colaborador!". Que o homem é "um grande" chefe de Governo e que a vitória socialista nas legislativas, está "convencida", vai repetir-se no Porto. A Invicta, lembrou Elisa, dá assim umas voltas ao texto, de vez em quando.
Que sim, tem o apoio de (quase) toda a gente conhecida do Porto. Mas também tem dos desconhecidos. Vai precisar deles para cozinhar as tripas que prometeu dar a toda a gente, lembrou-lhe o zombeteiro. E já que se fala de gamelas, ser vereadora se perder não enche a coisa? Nada disso. Elisa defende-se que não adianta ficar a "discutir" as franjas de programas muito diferentes. Não fica ele, nem fica o actual presidente de câmara e opositor do PSD. Que sim, é adepta do Porto, mas que, com ela, é trigo limpo farinha amparo. Política é política e conhaque é conhaque, o que não é preciso, de todo, é de se afirmar com agressividade. E não, o azul do Porto, o da gravata de Ricardo Araújo Pereira, não se reflectirá em nenhum saco. Como se disse, sem graça.
