A chuva não deu tréguas à candidatura comunista, mas também serviu para lançar palavras de ordem : "ó chuva fascista vai daqui para fora", gritava Filomena Pires, candidata da CDU por Viseu, esta terça-feira à tarde.
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Na primeira acção do dia, Jerónimo de Sousa fez duas paragens. A primeira foi para beber um fino, a segunda foi forçada, por causa da forte chuva que começou a cair, após vários trovões de aviso.
Durante mais de meia hora, candidatos e apoiantes ficaram abrigados à porta e dentro de lojas do centro da cidade. E os gritos de protesto repetiam-se: "ó chuva que cais aqui, és pior do que o FMI". O secretário-geral do PCP permaneceu dentro de um retrosaria, à espera que a chuva parasse. Quando finalmente saiu, fez um balanço positivo da arruada, destacando a empatia com a população e confiante num crescimento de votos e do número de deputados.
Pelo meio da arruada, voltou a apelar contra o "preconceito" que votantes de outros partidos podem ter face à CDU, e a criticar a colagem do PS à Direita, no apoio ao programa da "troika", que diz prejudicar um entendimento mais à Esquerda.
Críticas ao CDS
Além disso, num comentário geral às sondagens realizadas em tempo de campanha, disse que "sempre minimizam a CDU", mas que os resultados "superam" os respectivos "prenúncios".
Em seguida, Jerónimo de Sousa partiu em direcção a Coimbra, para um comício nas escadas monumentais, onde foi pintado o mural polémico da Juventude Comunista contra as propinas e por mais bolsas.
O líder comunista criticou, ainda, Paulo Portas por querer mais votos que Bloco e CDU juntos, recordando o ditado "presunção e água benta, cada um toma a que quer".