Pelo que sei, um pequeno grupo de amigos resolveu aproveitar as maravilhas naturais da região e fazer um festival. Começou há 20 anos praticamente com bandas alternativas nacionais e, de ano para ano, foi evoluindo calmamente, conseguindo hoje em dia ser um dos festivais de referência mesmo a nível internacional.
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Nunca foi descuidado o investimento no recinto e no cartaz, conseguindo ganhar uma credibilidade ímpar junto do seu público.
Inteligentemente, estes amigos organizadores souberam ir desenhando um apetecível cartaz, que, ano após ano, foi conseguindo mobilizar os apreciadores de música alternativa e novas tendências. Este cartaz é escolhido minuciosamente pela organização, que está sempre muito atualizada, conquistando, assim, um carimbo de qualidade, que é muito difícil de manter durante tanto tempo.
Paralelamente ao excelente cartaz, os organizadores são extremamente cuidadosos com as condições do recinto, situado junto à praia fluvial do Tabuão, que tem condições naturais únicas nos festivais de verão em Portugal.
Tenho a certeza de que todos os apreciadores de música moderna já por lá passaram. Para mim, foi inesquecível um concerto dos Mão Morta e também dos Wraygunn como cabeça de cartaz. Os Black Rebel Motorcycle Club debaixo de chuva intensa, assim como o histórico concerto dos Motorhead. Lembro a memorável atuação dos Mars Volta ou da Rollins Band. Vi a queda e rutura no calcanhar de Aquiles de Ricky Wilson, dos Kaiser Chiefs. Foi lá que convivi com Courtney Taylor-Taylor, dos DandyWarhols, ou com a VV, dos Kills.
Como DJ, participei, com o meu amigo Miguel Quintão, em várias e memoráveis After Parties. Já toquei uma vez no palco principal e neste ano lá estarei com os Ladrões do Tempo, no mesmo dia dos Ornatos Violeta, dos Dead Combo e dos Capitão Fausto. Que orgulho!
Por tudo isto e por tantas coisas mais, o Festival Paredes de Coura está de parabéns e merece a minha nota máxima para os festivais de verão em Portugal.