“Por aqui, venha por aqui”. O Português com sotaque não engana. Natália Chacon, 24 anos, é brasileira e ofereceu-se como voluntária para trabalhar no Campeonato do Mundo 2010.
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Ontem, terça-feira, esteve na tribuna de Imprensa do Nelson Mandela Bay Stadium, a dar apoio logístico aos jornalistas.
Mas por que razão uma jovem de São Paulo, a acabar o estágio de Direito, cruza o Atlântico sem compensação financeira? “Pela experiência. Tem sido fantástico. O ambiente é muito animado, as pessoas daqui estão empolgadas com o Mundial”.
Natália está na África do Sul desde 31 de Maio e voltará a São Paulo no início de Julho. Candidatou-se a uma vaga, passou por todas as etapas de selecção e mereceu aprovação na entrevista final. Depois, ainda teve um período de formação. Não é a única brasileira colocada em Port Elizabeth no âmbito do voluntariado.
“Estou com mais três colegas do Brasil, hospedados numa casa com outros voluntários”, explica, ao JN.
A palavra voluntariado diz quase tudo. Quem se envolve no projecto sabe que não pode esperar muito. Ao que o JN apurou, as pessoas em causa recebem 100 rands (10 euros) por cada dia na África e, nos dias dos jogos, um voucher de 120 rands (12 euros) para comprar comida. “O mais importante que a FIFA nos oferece é a possibilidade de assistir aos jogos”, reconhece Natália, pouco preocupada com o dinheiro. “A experiência é tudo”, completa.