O socialista António Parada encurtou a distância para o ex-socialista Guilherme Pinto: dos 7,5 pontos percentuais de maio passado, para os atuais 1,6 pontos. Tudo em aberto para a noite eleitoral.
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O atual presidente da Câmara de Matosinhos começou a pedir, nesta reta final de campanha, uma maioria absoluta. Mas, a julgar pelos resultados da sondagem efetuada para o JN, os eleitores não vão fazer a vontade a Guilherme Pinto. O candidato independente e o seu principal rival, António Parada, estão tecnicamente empatados: a margem de erro do trabalho da Eurosondagem é de 3,6% e a distância que os separa é de apenas 1,6 pontos percentuais.
Mais ainda: se se analisar a evolução dos resultados das três sondagens elaboradas para o JN, percebe-se que o socialista subiu sempre mais do que o agora independente e encurtou distâncias, até conseguir uma diferença quase irrelevante.
António Parada parece ter colhido frutos de uma estratégia em que, mais do que marcar a diferença pelas propostas, repete até à exaustão que é ele o candidato do PS, é ele o socialista, num concelho onde essa condição é decisiva.
Contou, por outro lado, com a presença do líder do partido por três vezes, em campanha ao seu lado nas ruas de Matosinhos. Se não é caso único de empenho de José António Seguro, é pelo menos uma situação excecional. E diz bem da importância de, na noite eleitoral, não perder um bastião controlado pelos socialistas desde as primeiras autárquicas.
Apesar dos dois principais candidatos estarem mais próximos, isso não acontece à custa da popularidade de Guilherme Pinto: sobe quase um ponto e meio relativamente à sondagem de julho. A voragem da luta pela vitória prejudica, sobretudo, o PSD e a CDU, que parecem estar a pagar a fatura do voto útil.
O resultado mais dececionante é o de Pedro da Vinha Costa. Já tinha um mau resultado nas duas primeiras sondagens e agora perde mais 2,3 pontos. O que pode significar, de acordo com a projeção, que o PSD fique reduzido a um único vereador. Muito pouco para quem conseguiu ter na campanha figuras mediáticas como Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa.
Na corda bamba está também José Pedro Rodrigues, que parecia ter assegurado o regresso à vereação e está a perder fôlego. O candidato comunista perde 1,2 pontos face a julho.
Anuncia-se uma reta final intensa. Os últimos mandatos para qualquer dos candidatos serão ganhos por um punhado de votos.
Ficha técnica
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem, S.A., para o JN, nos dias 19 e 20 de setembro de 2013.Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados.O universo é a população com 18 anos ou mais, residente no concelho de Matosinhos, e habitando em lares com telefone da rede fixa.Foram efetuadas 838 tentativas de entrevistas e, destas, 123 (14,7%) não aceitaram colaborar no estudo de opinião. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo, (feminino - 51,0%; masculino - 49,0%), e no que concerne à faixa etária (dos 18 aos 30 anos - 20,7%; dos 31 aos 59 - 47,8%; com 60 anos ou mais - 31,5%) num total de 715 entrevistas validadas.O erro máximo da amostra é de 3,66%, para um grau de probabilidade de 95%.