Passos Coelho espera que o apelo do Presidente à participação seja ouvido
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, disse este domingo esperar que o apelo do Presidente da República à participação eleitoral seja ouvido, depois de ter votado para as eleições legislativas numa escola da Amadora.
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Pedro Passos Coelho chegou à Escola Básica Orlando Gonçalves, em Alfornelos, na Amadora, às 10.55 horas, e votou de imediato, rodeado por dezenas de repórteres de imagem de órgãos de comunicação social portugueses e estrangeiros.
A seguir, o líder do PSD foi questionado pelos jornalistas sobre a declaração que o Presidente da República, Cavaco Silva, fez ao país no sábado, e respondeu: "Eu já ouvi e já li hoje nos jornais alguma polémica à volta disso. Hoje não vou entrar em nenhuma polémica num dia de eleições".
Passos Coelho acrescentou que, no seu entender, "o senhor Presidente da República fez um apelo inequívoco à participação democrática e um apelo a que os cidadãos não se abstenham" nas legislativas deste domingo.
"Espero que esse apelo seja ouvido, porque é importante numa sociedade democrática - ainda para mais num país que atravessa os problemas que o nosso atravessa - que todos os cidadãos se possam mobilizar e que, de acordo com as suas preferências, votar e escolher aqueles que entendem que deverão assumir os destinos da governação do país, de acordo com aquilo que for a sua consciência", disse.
Nesta escola de Alfornelos, freguesia onde já não reside mas onde ainda está recenseado, o presidente do PSD fez declarações à comunicação social em português e em inglês, declarou-se "muito sereno" e disse esperar que as legislativas de hoje "decorram com perfeita normalidade".
Em inglês, Passos Coelho considerou que Portugal vai enfrentar "um período muito difícil nos próximos dois ou três anos", mas mostrou-se certo de que serão feitas "as mudanças necessárias" para a economia portuguesa voltar a crescer, sublinhando o seu compromisso com o programa de ajuda externa acordado com a União Europeia, com o Fundo Monetário Internacional e com o Banco Central Europeu.
Segundo o líder do PSD, "o mundo inteiro está a seguir estas eleições de uma forma muito particular, porque Portugal precisou da ajuda externa para poder nestes tempos mais próximos financiar a sua economia e poder assumir os seus compromissos".
Passos Coelho adiantou que vai almoçar a casa dos sogros e passar o dia com a família, antes de se reunir ao fim da tarde com a Comissão Política do PSD num hotel de Lisboa para acompanhar os resultados eleitorais.