O líder do PSD garantiu esta segunda-feira, num almoço em Ponte de Lima, que o PSD quer apostar na agricultura e "de uma assentada, resolver vários problemas", como por exemplo o desemprego entre os jovens. Passos Coelho voltou a acenar com a situação da Grécia para pedir um Governo "competente e capaz".
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Num discurso com representantes da agricultura, Passos Coelho garantiu que "o PSD está convencido que o futuro do país passa, indiscutivelmente, também, pela agricultura". "Não vale a pena lançar dúvidas sobre o empenhamento que nós temos sobre a aposta na agricultura", disse, respondendo aos que o criticam por querer juntar a Agricultura, o Mar e o Ordenamento do Território nas mãos de um único ministro, opção que voltou hoje a defender.
Uma "aposta séria" na agricultura pretende "de uma assentada" resolver vários problemas, disse o líder do PSD, como por exemplo a diminuição das importações e a dependência alimentar do exterior, dar mais rendimentos aos agricultores e dar emprego a "muita gente", nomeadamente aos jovens desempregados que podem ver na agricultura "uma oportunidade importante", disse.
"Durante uns anos, tivemos um ministro que parece que queria acabar com a agricultura", disse Passos Coelho, referindo-se a Jaime Silva, e apontando o desmantelamento dos serviços do Ministério da Agricultura que serviam para apoiar os agricultores como "a coisa mais difícil de todas". "Vamos ter de os recriar", disse, perante uma plateia de agricultores que apontaram várias críticas e deixaram sugestões para a política do sector.
No seu discurso, Passos retomou o discurso da defesa do Estado Social e voltou a aludir à situação da Grécia - que ontem dominou as suas intervenções - para dizer que o próximo Governo não pode falhar.
"Nós vamos cumprir aquilo que nem fomos nós que negociámos, mas para isso temos de ter um Governo competente e capaz. Não podemos correr o risco, em Portugal, de nos acontecer o que aconteceu aos países que tiveram maus Governos", disse, insistindo que "não se pode esconder o que lá está".