Os roubos continuam à margem do Mundial de futebol na África do Sul. E em força.
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No mesmo dia em que o director nacional da Polícia da África do Sul, general Bheki Cele, se deslocou a Magaliesburg para prometer aos portugueses segurança máxima no Mundial - "Só não vos posso garantir a taça" -, três repórteres chineses foram assaltados perto do Soweto (ficaram sem material fotográfico) e um sul-coreano também. A este, levaram-lhe o passaporte e 12 mil rands (cerca de 1200 euros), quando estava numa casa de banho do Carlton Centre, em Joanesburgo. Até a selecção grega foi assaltada, há três dias, no local onde se encontra a estagiar, em Umhlanda, soube-se ontem. Os roubos continuam. E em força.
Os jornalistas assaltados no Nutbush Boma Lodge receberam, ontem, parte dos objectos furtados. António Simões, repórter da Global Imagens, Rui Gustavo, jornalista do "Expresso", e Miguel Serrano, do desportivo espanhol "Marca", estiveram reunidos com o capitão Heyns, da Polícia sul--africana. Telemóveis, um passaporte, umas calças, duas mochilas, um par de ténis sem cordões, um flash e pouco mais.
A Polícia deteve três indivíduos. Um deles esteve, na tarde de ontem, no Nutbush Boma Lodge, acompanhado pelos agentes, e entrou nos quartos, explicando de onde retirara os bens dos três jornalistas. E uma das funcionárias do "lodge" foi chamada a acompanhar a visita. Inicialmente, as forças de segurança detiveram duas pessoas numa carrinha, em Ekpoort, bem perto da estância turística. Depois, localizaram outro suspeito, através do sinal do telemóvel, em Britz, a cerca de 50 quilómetros de Magaliesburg. A Polícia sabe a idade de dois suspeitos, um de 28 anos, outro de 21, e as nacionalidades, oriundos do Zimbabué e da Nigéria.
A segurança, promessa das autoridades, foi reforçada nos arredores de Magaliesburg, com piquetes nas zonas onde se encontram hospedados os portugueses. E na primeira noite após o assalto, o Nutbush teve três polícias em permanência durante a noite.