Algumas dezenas de populares estavam pelas 11,30 horas concentrados em frente da junta de Freguesia de Alpedriz, no concelho de Alcobaça, para impedir que seja desbloqueada a fechadura boicotada durante a noite e que impossibilitou a abertura das urnas.
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"As urnas não vão abrir porque a população está revoltada com a agregação contra a sua vontade e não vai deixar que se realize a votação", disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Alpedriz, Alberto Luz.
De acordo com o autarca, no local já esteve "uma equipa da câmara [de Alcobaça] que queria abrir a porta à força", antes das 11 horas, "mas as pessoas não deixaram".
Na base do boicote à votação está a agregação da freguesia de Alpedriz, com as de Montes e Cós, contestada pelo executivo.
"A freguesia nunca quis estar ligada a Cós e apresentámos na Assembleia Municipal uma proposta alternativa para passarmos para a freguesia de Pataias, mas a proposta nem chegou a ser votada e foi-nos imposta esta situação", esclareceu o autarca.
Fonte da GNR disse à Lusa que "os boletins de voto nem foram entregues" e que terá de ser marcada uma nova data para a realização das eleições autárquicas neste local.
Para além do boicote em Alpedriz a votação para as eleições autárquicas começou com atraso em pelo menos duas freguesias de Chaves, uma de Vila Real e na assembleia de voto instalada na escola André de Resende, em Évora, segundo fontes policiais e autárquicas.
Mais de 9,5 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os dirigentes de 3.399 autarquias, numas eleições autárquicas marcadas pela redução de freguesias e pela alteração dos rostos dirigentes em centenas de localidades devido à lei da limitação dos mandatos.