Paulo Portas entrou com ar comovido no pavilhão do Clube de Futebol União de Coimbra, ao passar sobre o tapete de capas pretas que estudantes do CDS lhe estenderam. Comeu lombo assado, como em 99% das refeições de campanha, e disse que "as pessoas querem e merecem sentido de responsabilidade na política portuguesa", aludindo à crispação do discurso de campanha.
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"Há muita gente que quer, há alguns que não querem, mas Portugal precisa: o CDS vai mesmo crescer muito", disse Portas, satisfeito por ter enchido o recinto e insistindo na "diferença entre voto útil e deputado útil": "Quando o CDS elege mais um deputado, tira-o ao PS. É por isso que o CDS é absolutamente necessário para uma mudança de maioria".
Falando dos que "não percebem que o CDS tem um contributo a dar" e aludindo ao que tem sido a postura de outros partidos nos últimos dias, notou que "O CDS e o PSD terão de gerar uma maioria nova e diferente, e ela só será mesmo nova e diferente com o CDS com muita força". Lembrou ainda o líder centrista que "CDS, PSD e PS terão uma revisão constitucional para fazer", pelo que "não vale a pena radicalizar demais o discurso político".
Nas mesas havia caixas de comprimidos, vazias, com o slogan "este é o momento" impresso na tampa. Uma caixa pequena, adequada à unidose preconizada pelo partido, em termos de política do medicamento, a par da prescrição por princípio activo. Uma lembrança, em boa parte, para os mais velhos, que estão no cerne da política social do CDS, que Paulo Portas enfatizou especialmente este domingo, tal como a educação ou a segurança, usando os argumentos que insistentemente tem repetido.