Assim que as portas da Herdade do Cabeço da Flauta se abriram, alguns admiradores da música de Portishead e Arcade Fire ocuparam lugar junto às grades do palco principal, apesar do sol intenso que incidia sobre essa zona do recinto.
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Ao contrário da grande maioria dos festivaleiros, que ao início da tarde se encontrava no recinto do festival a aproveitar as sombras dos pinheiros para descansar, alguns fãs de Portishead e Arcade Fire ignoraram o sol e assentaram arraiais em frente ao palco principal.
Ana, Carolina e Rúben, um grupo de amigos de Leiria, estão desde as 16 horas em frente ao palco, à espera de Portishead e Arcade Fire, que actuam às 22.50 horas e 0.45 horas, respectivamente.
Com passe de três dias para o festival, o grupo de adolescentes está globalmente satisfeito com as condições do recinto e do campismo. As queixas vão apenas para a poeira que se respira durante os espectáculos e para as condições dos sanitários. "O cheiro é insuportável, não se aguenta. É horrível, as pessoas têm muito pouco civismo", reclama Ana.
De lenços na cabeça e com garrafões e garrafas de água ao lado, os fãs dos dois cabeça-de-cartaz tentavam fintar o sol, matando o tempo até ao primeiro concerto com conversas, leituras ou jogos de cartas.
Também a guardar lugar junto à grade estão Mário Soares e Andreia Silva, que vieram da Póvoa do Varzim e de Paredes de Coura com mais três amigos, para assistir aos dois nomes mais esperados da noite.
"Está uma sauna autêntica. Está horrível, mas por Portishead e Arcade Fire é suportável", garante Andreia, que decidiu fazer turnos entre o sol e a sombra com os amigos.
Pela primeira vez no festival, Mário Soares acha que o campismo podia "ser maior e ter mais chuveiros" e que a limpeza das casas de banho devia ser feita com mais regularidade.
Noiserv, projecto de David Santos, foi o primeiro a subir ao palco, às 19 horas. Ladeado por dois ecrãs onde apareciam ilustrações - feitas ao vivo -, Noiserv começou a actuação com "Mr. Carousel", para uma plateia bem composta para final de tarde.
Além das centenas de pessoas que assistiam ao concerto em frente ao palco, de pé, eram várias as que se encontravam sentadas a desfrutar do trabalho do músico.
O final de tarde segue-se em português, com Rodrigo Leão e os Cinema Ensemble, que pisaram o principal palco da Herdade do Cabeço da Flauta às 20 horas, e os The Gift, que antecedem as actuações de Portishead e Arcade Fire.
No palco EDP, a música fica a cargo de LA, B Fachada, The Legendary Tigerman e Chromeo.