Portugal joga hoje, sexta-feira, com o Brasil, o duelo mais aguardado da fase de grupos do Mundial. As quinas ainda não estão apuradas, um empate basta, mas é o triunfo que interessa e ninguém pensa em ficar fora da próxima etapa da aventura africana.
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O Estádio Moses Mabhida, recebe hoje, sexta-feira, a partir das 15 horas, o jogo que, esperam os portugueses, permitirá à formação de Carlos Queiroz confirmar a qualificação para os oitavos-de-final.
A selecção lusa tem nove golos de vantagem sobre a Costa do Marfim no primeiro critério de desempate, a diferença entre marcados e sofridos, pelo que só uma catástrofe impedirá a desejada presença na próxima fase. Um empate chega para celebrar, mas, num Portugal-Brasil, há muito mais em jogo. Desde logo, uma derrota que custou muito a digerir, em Novembro de 2008 (6--2), a última sofrida desde a chegada de Carlos Queiroz à selecção. De então para cá, foi sempre a vencer, e Portugal pode mesmo, caso não perca esta tarde, igualar a melhor série de sempre sem derrotas, ainda na posse de Luiz Felipe Scolari (19 jogos).
Não faltam motivos para as quinas procurarem a vitória. Desde logo porque jogariam em Joanesburgo, mais perto de Magaliesburg, onde instalaram o quartel-general, embora o primeiro classificado do Grupo G seja o primeiro a entrar em cena nos oitavos-de-final, na segunda-feira. O segundo classificado descansará mais um dia, mas terá de se deslocar à Cidade do Cabo, ao palco da goleada lusa à Coreia do Norte. E o seleccionador frisou, ontem, que não quer andar para trás... Dunga muito menos, pois o Brasil está alojado bem perto da grande metrópole da África do Sul. O que não é possível é fazer conjecturas quanto ao próximo adversário, pois a Espanha, que todos querem evitar, ainda não tem as contas resolvidas e entra em campo às 19.30 horas. Portanto, vale bem a pena terminar em primeiro.
O técnico das quinas disse que vai fazer alguns ajustes. Duda poderá estrear-se como titular e Liedson está de volta à equipa. Ronaldo, apesar de estar em risco de falhar a primeira partida da segunda fase do torneio, caso veja novo cartão amarelo, não será poupado. Ou seja, as alterações não serão muitas, porque se exige um desempenho à altura da grandeza do duelo.
O orgulho, a história e o valor das esquadras em campo exigem que ambos os treinadores joguem para vencer. O único jogo a sério entre os dois países entrou para a história da selecção nacional. Foi em 1966, no Mundial de Inglaterra, onde "Eusébio and friends" arrasaram a canarinha, por 3-1, na fase de grupos. Nesse torneio, a Coreia do Norte também se atravessou no caminho de Portugal. Houve goleada e ainda se reservou uma tareia maior para o recente reencontro. Por que não repetir a dose, a da vitória, esta tarde, frente ao Brasil?