O presidente da República e o primeiro-ministro lamentam incidente "profundamente grave" em Ermelo. Alberto João Jardim diz que é caso de polícia de país que não quer para a "sua" Madeira.
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O presidente da República lamentou o incidente "profundamente grave" que ocorreu em Ermelo, Vila Real, à entrada de uma assembleia da voto, do qual resultou um morto, mas sublinhou tratar-se de um "triste acontecimento" que destoa da normalidade.
"Lamento profundamente o grave incidente que teve lugar no distrito de Vila Real, em que uma pessoa perdeu a vida. Quero enviar sentidas condolências aos familiares", afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas à saída da escola em Lisboa onde votou para as eleições autárquicas.
"Este triste acontecimento apenas destoa na normalidade com que em todo o país estão a decorrer as eleições autárquicas", salientou.
Também o primeiro-ministro, José Sócrates, condenou em "absoluto" o acto de violência registado em Ermelo.
"Lamento e condeno esses incidentes, que desconheço se estão ou não ligados à política. Não tenho conhecimento pormenorizado do que se passou. Espero que seja feita justiça", declarou José Sócrates aos jornalistas, após ter votado numa freguesia de Lisboa.
"Um acto de violência, se ligado a uma questão política, mancha sempre um dia de eleições. Espero que o dia decorra sem mais incidentes", acrescentou o secretário-geral do PS.
Crime de Ermelo é caso de polícia
O presidente do governo regional da Madeira considera que o assassinato de um homem à entrada de uma mesa de voto em Vila Real "é um caso de polícia" de um "país que não quer para a sua Madeira".
Alberto João Jardim falava após ter votado na escola secundária Francisco Franco, no Funchal, onde chegou acompanhado pela mulher e neto.
"É um caso de polícia. Esse é o país que não quero para a minha Madeira", declarou.