Se for eleito presidente da Câmara de Lisboa, Santana Lopes bater-se-á pela renegociação do contrato de concessão à Liscont do terminal de contentores de Alcântara. "Devia ter havido concurso", sustenta o candidato, que promete reabrir processo.
Corpo do artigo
Numa acção de campanha junto ao terminal, o cabeça de lista da coligação de Direita garante que o dossiê vai estar "em cima da mesa para tratar com o Governo". Isto porque Santana Lopes entende que deve ser promovido um concurso público.
"Depois de eleitos pugnaremos, para que o processo seja reaberto, seja reavaliado", garantiu, consciente de que é preciso lidar com o assunto "com ponderação", tendo em conta as "cláusulas indemnizatórias", que obrigariam o Estado a pagar à Liscont, em caso de rescisão contratual.
Quanto à expansão do Porto de Lisboa, afirmou que pode ser feita com apenas "cinco milhões de euros" e para a Trafaria, na Margem Sul, que devido à profundidade das águas até seria a hipótese mais natural. No entanto, afirmou que a hipótese de expansão, na expectativa de aumento de tráfego portuário "não tem sustentação na realidade actual e futura". O porto deve ser mantido, mas na sua óptica Lisboa não pode ser "uma cidade de matriz portuária".
Ligando a expansão do terminal de contentores e o aumento "em 600 camiões TIR" do tráfego a circular na zona ribeirinha com a possibilidade de uma terceira travessia do Tejo com componente rodoviária, Santana Lopes afirmou que a concretização destes projectos, de que discorda, lançaria "Lisboa na balbúrdia"
O candidato do PSD, CDS-PP, MPT e PPM sustenta que o caminho pretendido pelo seu adversário socialista, António Costa, é uma cidade "sem aeroporto, com contentores, com uma ponte a trazer milhares de carros para Lisboa e com o Terreiro do Paço numa confusão, num caos".