Veteranos do hard rock e mundialmente conhecidos pelas baladas que apelam ao isqueiro aceso, os Scorpions estão de regresso a Portugal.
Corpo do artigo
Rudolf Schenker, guitarrista e fundador da banda, no já longínquo ano de 1965, falou com o JN e explicou o que é que ainda os faz mover. Para o concerto de logo à noite, promete "muita energia, muita atitude, pele de galinha e algumas surpresas", garantindo que o grupo alemão vai dar 150 ou mesmo 180%.
Depois de todos estes anos a tocar, o que é que ainda vos faz mover?
A diversão. Viajamos por todo o Mundo e continuamos a divertir-nos imenso. A música não é um emprego como os outros. É uma situação especial. Acho que ficamos mais cansados quando não temos nada para fazer. Aquelas pessoas que passam pelos dias sem nada para fazer, essas são as pobres. No nosso caso, o avião do rock'n roll continua a voar e nós continuamos a ter imensa diversão nesta viagem.
Como é que explica o facto de bandas como os Scorpions ainda conseguirem arrastar multidões, jovens incluídos?
É verdade. A família do rock 'n' roll está cada vez maior e cada vez mais nova. Temos montes de miúdos à frente do palco, que nem sequer eram nascidos quando "Black out" saiu, em 1982. É fantástico constatar que tantos fãs gostam da nossa música.
Mas, hoje, é raro as bandas atingirem um estatuto como vocês atingiram...
O problema com as novas bandas é que elas estão a começar em tempos muito, muito difíceis. Nós tivemos tempo para nos construírmos. Hoje, as novas bandas entram logo numa pressão mediática enorme. Há as televisões e todas as revistas e imprensa sensacionalista que os conduzem à morte. Depois, há o aspecto do roubo de música. Porque a pirataria e os downloads ilegais são roubo. Tudo isto torna estes tempos muito difíceis para as novas bandas. Hoje, é mais difícil estar no topo, sem dúvida alguma, mas algumas bandas vão consegui-lo.
O que podemos esperar do concerto de hoje?
Gostamos mesmo de tocar em Portugal. Os fás são fantásticos, o vinho é óptimo, a comida é boa... De nós, as pessoas podem esperar muita energia, muita atitude, pele de galinha e algumas surpresas. Temos um "show" óptimo e os fãs ficam muito satisfeitos. Não quero prometer coisas que não podemos cumprir, mas posso dizer que nunca desiludimos a audiência. Damos sempre o máximo, 150% ou mesmo 180%, é o que vamos fazer também em Portugal.