As forças de segurança do Burkina Faso encerraram o cerco a um hotel em Ouadagoudou e libertaram 126 pessoas, disse, este sábado, o ministro do Interior.
Corpo do artigo
"Cento e vinte e seis pessoas, das quais 33 feridas, foram libertadas. Três 'jihadistas', um árabe e dois africanos, foram mortos", afirmou o ministro do Interior do Burkina Faso, Simon Comparoe.
"Os ataques ao hotel Splendid e ao café-restaurante Cappucino (que fica em frente ao hotel) acabaram. Mas um outro ataque está em curso no hotel Ybi", situado ao lado do Cappuccino, disse o ministro.
Pelo menos 27 pessoas de 18 nacionalidades morreram no ataque ao hotel Splendid e ao café restaurante Cappuccino.
Quatro 'jiadistas', incluindo duas mulheres, foram mortos no ataque, referiu a fonte das forças de segurança à AFP, citada pela Lusa.
Um quinto 'jiadista' acabou por fugir e entrou no bar "Taxi Brousse", localizado ao lado do hotel Iby e do café-restaurante Cappuccino, de acordo com três testemunhas que deixaram o local.
O Presidente da França, François Hollande, condenou hoje os ataques que começaram na noite de sexta-feira, em Ouagadougou.
Num comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, manifestou o seu apoio ao povo e ao Presidente do Burkina Faso, Christian Kaboré, e lembrou que as forças francesas estão a colaborar com o país.
O hotel Splendid é geralmente utilizado por funcionários da ONU e por cidadãos ocidentais, sensivelmente os mesmos frequentadores do café-restaurante Cappuccino, localizado em frente ao hotel e também atingido no ataque.
O ataque foi reivindicado pela Al-Qaida do Magrebe Islâmico (AQMI), através de combatentes do grupo Al-Murabitun, liderados pelo histórico 'jiadista' argelino Mokhtar Belmokhtar.