Esteve preso dois anos por tráfico de droga. Agora, Giuseppe Refrigeri era utente do centro de emprego de Estepona, em Málaga, onde vivia, mas acabou novamente detido.
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É um nome bem conhecido das autoridades policiais italianas e espanholas. Giuseppe Refrigeri, de 66 anos e identificado como um dos cabecilhas do "Clã de Marranella" - organização criminosa responsável pelo tráfico de droga nas ruas de Roma, quase em regime de monopólio - foi novamente detido pela Guarda Civil, em Málaga.
Já em dezembro de 2018, o italiano, escondido em Espanha, tinha sido preso por liderar a célula que, operando a partir de Málaga, enviava cocaína e haxixe para a capital de Itália. Dois anos depois, acabaria libertado.
Mas, desta vez, a detenção de Giuseppe Refrigeri ocorreu em circunstâncias bem distintas. De acordo com fontes da investigação, citadas pelo "El País", o cabecilha estava a tentar mudar de vida, tendo até recorrido ao centro de emprego de Estepona.
Agora, está à espera de ser transferido para Itália, onde é acusado de ter estado envolvido, em maio de 2018, na tentativa de introdução de 325 quilos de haxixe no país, que acabaram por ser intercetados em França.
A chamada "Operação Hispania" foi lançada pela polícia italiana no fim do verão, quando um tribunal de Roma emitiu um mandado de detenção europeu contra Refrigeri, por tráfico internacional de drogas e posse de documentos falsos. Na altura, acreditava-se que o traficante estava escondido na Costa del Sol, mas as autoridades acabaram, mais tarde, por detetar a sua presença em Estepona.
O italiano levava, agora, uma vida mais calma. Conseguiu que lhe fosse emitido um NIE (Número de Identidade de Estrangeiro, documento que permite fazer negócios em Espanha) e chegou a recorrer, algumas vezes, ao centro de emprego. Foi precisamente a sair da casa onde residia para tratar dessas diligências que a Guarda Civil o deteve, a 26 de fevereiro. Refrigeri não ofereceu resistência.