Mais de 700 escuteiros portugueses, que estão entre 43 mil participantes de 158 países no 25.º Jamboree (acampamento mundial) do movimento, devem ser transferidos, hoje, para a capital da Coreia do Sul, Seul, devido à aproximação do tufão Khanun, que deve chegar na quinta-feira à província de Jeolla do Norte.
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Segundo a Federação Escutista de Portugal (FEP), que agrupa o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), na reunião diária desta segunda-feira, os responsáveis dos contingentes nacionais decidiram transferir a atividade do acampamento em SaeManGeum para Seul, “onde a aventura dos escuteiros continuará”.
“O 25.º Jamboree continuará, com atividades adaptadas às novas condições”, porque os escuteiros “já não estarão em campo, mas distribuídos por diversas instalações, como escolas e pavilhões”, disse ao JN o responsável do Gabinete de Imprensa do CNE, Henrique Ramos, assegurando que o encontro mundial, iniciado no dia 1, deve manter-se até sábado.
A Organização Mundial do Movimento Escutista (WOSM) informou ter recebido a confirmação do Governo sul-coreano de que, “esperando-se o impacto do tufão Khanun, se planeará a saída antecipada de todos os participantes” e de que entregará “informação detalhada da planificação e dos lugares que os albergarão”.
“A malta está serena”
O ministro da área da proteção civil, Kim Sung-ho, assegurou que o Governo providenciará “acomodações confortáveis e seguras” para que possam “permanecer quatro noites e cinco dias”.
Segundo o responsável do CNE, as atividades decorrem hoje com normalidade no acampamento. “A malta está toda serena”, assegurou. Os participantes “não estão numa situação de limite ou de crise” e que a transferência será efetuada atempadamente. “No fundo, trata-se de utilizar o plano, com centenas de autocarros, que estava previsto para o dia 12, último dia do acampamento”, disse.
O tufão Khanun, que deve atingir a província de Jeolla do Norte na quinta-feira e corresponde a um fenómeno com oito a dez ocorrências anuais na Ásia, sucede à onda de calor e a deficiências nas condições do campo (higiene e alimentaçâo), que afetou o Jamboree, abandonado nos últimos dias pelos contingentes do Reino Unido e dos Estados Unidos.
“Apesar” disso, os 762 escuteiros portugueses “têm vivenciado aventuras e interagido com outros jovens de diferentes países e continentes diferentes”, assegura uma nota da FEP.
A Federação, que diz estar a ser acompanhada pela Embaixada de Portugal em Seul, inclusivamente quanto à melhoria das condições no campo, garante que “cuida dos participantes” e que “todos têm acesso constante a água potável” e “usam chapéu, evitam o sol quando possível, vestem roupas adequadas e usam protetor solar”.