A NATO prevê realizar, a partir de fevereiro do próximo ano, o maior exercício militar desde o fim da Guerra Fria. A operação vai ter lugar na Alemanha, Polónia e na zona do Báltico.a
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A Aliança Atlântica vai mobilizar mais de 40 mil soldados para a operação "Steadfast Defender", que vai decorrer durante a próxima primavera, na Alemanha, Polónia e países Bálticos, estando previstos entre 500 a 700 combates aéreos e mais de 50 navios", avança o "Financial Times".
Esta será a primeira vez em que será usada "capacidade técnica para criar cenários mais realísticos a partir de dados geográficos do mundo real", segundo as fontes ouvidas pelo diário londrino.
A operação deverá contar com 32 países, incluindo a Suécia, e o objetivo é "praticar manobras dissuasoras para responder no caso de uma ameaça por parte de uma coligação liderada pela Rússia". Neste contexto, a aliança militar vai passar a realizar dois grandes exercícios por ano e a treinar-se para manter ataques terroristas fora das suas fronteiras, explica o mesmo jornal.
A escolha do local deveu-se à proximidade com a Bielorrúsia, uma vez que Putin já falou na possibilidade de enviar armas nucleares para esse país. Além disso, "sete - em breve oito - membros da aliança localizam-se junto ao Mar Báltico, o que faz com que a zona tenha uma importância crucial para nós", referiu Dylan White, porta-voz da NATO, em declarações ao portal da instituição citadas pelo jornal "Público".
Esta grande mobilização acontece depois do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ter afirmado em junho de 2022 que a aliança ia aumentar o número de soldados em prontidão de 40 mil para 300 mil. Já em julho deste ano, no encontro realizado na Lituânia, os líderes da organização militar concordaram com os novos planos de defesa e a criação da "Allied Reaction Force", uma força-conjunta para responder rapidamente a ameaças.
Estes exercícios são também uma forma de "demonstar a Moscovo que a aliança está preparada para lutar", segundo uma fonte ouvida pelo "Financial Times".