A ilha espanhola de Ibiza, conhecida pelas praias e festas que atraem milhares de turistas todos os verões, não escapou aos efeitos nefastos da pandemia.
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Depois de uma primavera e de um verão históricos pelas piores razões, Ibiza está a entrar num outono incomum, que, escreve o espanhol "El Mundo", deixará a ilha com um despovoamento que não era visto desde o início do século, quando a Europa ainda não se tinha rendido aos seus encantos.
Segundo o diário, só 30% dos hotéis que se atreveram a abrir na época alta vão continuar de portas abertas na época baixa. As consequências laborais anunciam-se dramáticas, esperando-se um número recorde de pessoas sem emprego. Setembro chegou ao fim com uma lista de desempregados com 10.189 nomes, face aos cerca de quatro mil contabilizados nos anos anteriores. Mesmo recuando até ao pior setembro da última crise, em 2010, o número de desempregados cifrava-se nos 8600.
Além dos hotéis fechados, 82,93% dos bares, restaurantes e cafés foram obrigados a reduzir o quadro de funcionários. "Estamos a preparar-nos para uma possível avalanche de pessoas que vão passar mal", disse o presidente do Conselho da Ilha de Ibiza, Vicent Marí.
A crise causada pela pandemia de covid-19 também provocou uma mudança no Índice de Pressão Humana que a ilha suporta, com verões a rondar os 350 mil habitantes e invernos os 150 mil. Este ano, embora não haja ainda dados oficiais, os especialistas acreditam que os números vão ficar muito abaixo.